Educação e sustentabilidade em quadrinhos: a importância da Coleção Ian

Neste mês de dezembro, a Editora UEA seleciona como indicação do mês a coleção Ian, volumes 5, 6 e 7, que abordam temas como sustentabilidade, bioeconomia, cultura amazônica e inclusão linguística, apresentando um material em Língua Portuguesa e Libras. Esses volumes combinam histórias em quadrinhos, atividades educativas, curiosidades científicas e culturais, com o objetivo de engajar crianças e adolescentes em discussões necessárias e contemporâneas.

    Organizado por Cleusa Susana Oliveira de Araújo e Carolina Brandão Gonçalves, o volume 5 intitulado Açaí explora a sustentabilidade e a bioeconomia a partir do manejo e dos efeitos terapêuticos do açaí. A proposta da HQ é aliar entretenimento à educação, utilizando uma abordagem bilíngue para surdos e ouvintes. A obra destaca o protagonismo do açaí como bioproduto essencial na Amazônia, apresentando seu cultivo sustentável e seus benefícios terapêuticos, além de inserir o leitor no contexto amazônico com narrativas acessíveis e inclusivas. O uso de QR codes é um diferencial que amplia o acesso a informações complementares, fortalecendo o caráter pedagógico e interativo do material. A narrativa acompanha Ian e seus amigos em uma viagem ao interior do Amazonas, em Codajás, onde eles aprendem sobre o manejo de mínimo impacto e as diversas fases de colheita do fruto. A história também apresenta a produção de biojoias e derivados do açaí, mostrando como a bioeconomia fortalece as comunidades locais. O grupo de personagens compartilha momentos de aprendizado, pesquisa e degustação, conectando-se às tradições e práticas sustentáveis da região. A aventura é permeada por lições sobre preservação ambiental e economia circular, temas centrais na abordagem educacional da HQ. Além da história em quadrinhos, o volume inclui atividades interativas, como caça-palavras e ilustrações para colorir, que reforçam o aprendizado de forma lúdica. A obra conclui com caricaturas da equipe de produção, humanizando o projeto e ressaltando o trabalho colaborativo envolvido. Assim, Ian: Açaí cumpre seu objetivo de divulgar ciência e promover a sustentabilidade de forma inclusiva, acessível e alinhada à realidade amazônica.

      Festa do Guaraná de Maués, organizado por Cleusa Susana Oliveira de Araújo, Megara Barbosa da Silva e Marcos Roberto dos Santos, é o volume seis da coleção Ian. A história se trata de um mergulho na cultura e sustentabilidade da produção de guaraná em Maués. A HQ oferece um material rico e inclusivo, destacando a língua brasileira de sinais e utilizando recursos multimodais para ampliar a experiência de leitura. A representatividade do personagem surdo e a inclusão de Libras são elementos significativos para a acessibilidade linguística e a promoção da igualdade de oportunidades, alinhando-se à legislação brasileira sobre educação bilíngue. A história apresenta Ian e seu grupo explorando a festa do guaraná em Maués. Eles aprendem sobre o manejo sustentável do guaraná, sua cadeia produtiva e sua importância cultural e econômica para a região. No decorrer da narrativa, temas como a lenda do guaraná e a utilização da língua do pirarucu para ralar o fruto enriquecem a narrativa com aspectos tradicionais e científicos. Os personagens também vivenciam a diversidade cultural local, como a feirinha na praia da Maresia e a compra de acessórios feitos do fruto pelos Sateré-Mawé. As curiosidades sobre Maués, o contexto histórico da região e a interação dos personagens em Libras trazem profundidade ao enredo. Ademais, o volume inclui atividades educativas e informações adicionais acessíveis por QR codes. A obra celebra a cultura amazônica e incentiva a reflexão sobre o desenvolvimento sustentável, relacionando o leitor com a riqueza social e ambiental de Maués.

        Sob a organização de Cleusa Susana Oliveira de Araújo e Marcos Roberto dos Santos, Festa da Castanha em Tefé aborda o desenvolvimento sustentável dessa região, combinando texto, imagens e Libras, ampliando o repertório cultural e científico dos leitores. Além disso, apresenta a língua de sinais indígena Omágua-Kambeba, valorizando a pluralidade linguística das comunidades ribeirinhas e indígenas. Essa abordagem torna a obra um material inclusivo e enriquecedor, especialmente para o público infantojuvenil. Ian e seus amigos fazem uma viagem para Tefé, onde eles exploram a importância econômica e cultural da castanha para o município. Durante a aventura, os personagens aprendem sobre o manejo sustentável da castanha e o impacto positivo dessa prática nas comunidades locais. O enredo destaca a relação entre a produção da castanha e o meio ambiente, enquanto os personagens interagem com a cultura local e compartilham suas descobertas de forma educativa. No final do gibi, são apresentadas curiosidades sobre a cidade de Tefé, as expressões regionais e as demais obras da coleção por meio de QR codes, com o intuito de aprofundar o aprendizado e conhecer as mais diversas aventuras de Ian e sua turma. A presença de personagens surdos e a utilização de Libras fortalecem o caráter inclusivo da obra. Por fim, o volume 7 dessa coleção promove a educação ambiental e científica de maneira acessível e criativa, conectando os leitores às tradições e desafios da Amazônia.

          A coleção Ian é um exemplo brilhante de como unir educação, inclusão e conscientização ambiental em obras voltadas ao público infantojuvenil. Cada volume apresenta uma narrativa envolvente, abordando temas essenciais da sustentabilidade e da cultura amazônica de forma acessível e criativa. A integração de atividades complementares e materiais extras torna o aprendizado mais dinâmico e interativo, enriquecendo a experiência dos leitores e ampliando seu engajamento com os temas abordados. A inclusão é um dos destaques da coleção, pois ao integrar personagens surdos e utilizar Libras como parte da narrativa, os volumes ampliam a acessibilidade das obras e promovem a valorização da diversidade linguística. As histórias também enfatizam práticas sustentáveis, como o manejo do açaí, do guaraná e da castanha, além de trazer curiosidades sobre a história dos municípios da região, o que pode instigar nos leitores o desejo de conhecer de perto os cenários e vivenciar as aventuras da turminha. Essa proposta de inclusão e conexão cultural reforça a missão de promover a valorização das riquezas da Amazônia.

            Com uma combinação de narrativa cativante, acessibilidade e interatividade, as HQs não apenas entretêm, mas também educam. A coleção desperta a consciência ambiental e social nos jovens leitores, por meio da valorização dos bioprodutos regionais e o incentivo de práticas sustentáveis. Trata-se de uma leitura indispensável para quem deseja aprender sobre ciência, sustentabilidade e cultura amazônica de maneira leve, divertida e significativa.

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