O trabalho com o livro: uma conversa com as designers da Editora UEA

Em referência ao Dia Nacional do Designer, comemorado em 5 de novembro, entrevistamos as estagiárias de design de nossa editora, Ana Carolina Bezerra, Clarice Martins, Raquel Maciel, e a produtora editorial Samara Nina para saber mais sobre o trabalho na área de design e a experiência delas com a produção de livros na Editora UEA.


Por que vocês escolheram design?

Ana Carolina, estagiária de Design na Editora UEA.

Ana Carolina: Desde que me entendo por gente, eu sempre desenhei, mas acho que todo mundo fazia isso. Mas à medida que a vida continuava, eu queria fazer disso minha marca, queria ser reconhecida por isso, e queria ser boa nisso. Muito boa. E é por isso que eu quero explorar ao máximo essa área, vendo no que posso melhorar e me destacar, no que posso errar e aprender.

Clarice: Sempre tive uma empolgação e uma paixão muito grande por liberdade de expressão e criação, isso se manifesta de diversas formas. Então sempre soube que seguiria alguma área que me permitisse explorar minha criatividade, e o design me ofereceu essa possibilidade.

Raquel Maciel, estagiária de Design na Editora UEA.

Raquel: Enquanto eu estava cursando meu antigo curso de graduação, entrei em contato com a criação de layouts para redes sociais e de páginas para o site da empresa júnior em que eu participava. A partir disso, comecei a me interessar cada vez mais por projetos criativos e retomar um interesse que tinha desde criança, exercitando minha criatividade e encontrando na área do design a resposta para a pergunta: o que você quer ser quando crescer?

Samara: Foi uma escolha acidental, na verdade. Eu tinha que escolher uma profissão, né? Já que o modelo capitalista exige que a gente tome uma decisão extremamente séria quando a gente nem conhece o mercado de trabalho ainda ou até mesmo nem sabemos o que gostamos de fazer. Então eu procurei uma área que não tentaria constantemente me prender em caixinhas, e onde eu pudesse exercer minha criatividade, mas principalmente uma área na qual minha mente pudesse se expandir cada vez mais.


Entre os vários ramos do design, o que levou vocês a escolherem design editorial?

Ana Carolina: Eu ainda não escolhi um ramo de certeza, mas se o que estou fazendo é isso e eu não estou pensando errado, eu estou realmente amando.

Clarice Martins, estagiária de Design na Editora UEA.

Clarice: Na verdade eu acredito que apesar de gostar muito do design editorial (alguns projetos bem mais que outros) eu ainda não considero que já escolhi algo, mas se me perguntar por que eu escolhi explorar o design editorial digo que foi pela infinidade de materiais e trabalhos que podem ser desenvolvidos, e os diferentes temas que me oferecem muita inspiração.

Raquel: Sempre me interessei por livros, HQ’s e mangás, tendo passado grande parte do meu ensino médio na biblioteca da escola, aventurando-me entre os diversos universos criados nas páginas presentes nas prateleiras. Dessa forma, quando recebi a notícia de que tinha uma vaga disponível na Editora UEA, tudo fez sentido, pude unir a área da criação com a minha paixão por livros, podendo impactar a experiência dos leitores por meio da diagramação.

Samara Nina, produtora editorial na Editora UEA.

Samara: Eu sempre quis trabalhar com livros, “fazendo livros”, só que meu eu criança não entendia exatamente como isso funcionava. Foi quando, durante o curso de design, com a matéria de design editorial, pela qual me apaixonei, eu vi que poderia de fato FAZER livros, e cá estou eu. Entre todas as áreas do design pelas quais eu possa perambular, essa sem dúvida é a minha preferida.


Qual projeto gráfico vocês mais gostaram de fazer na Editora UEA?

Ana Carolina: Eu cheguei na Editora UEA muito recentemente, por isso estou trabalhando no meu primeiro projeto, mas posso dizer que estou absolutamente encantada, falhando e acertando, aprendendo. Poder praticar, poder ilustrar, incendeia minha alma.

Clarice: Muito provavelmente o do livro A inferência das tecnologias digitais nas narrativas teatrais do século XXI. Foi um projeto de cores lindas.

A inferência das tecnologias digitais nas narrativas teatrais do séc XXI, da professora Gislaine Pozzetti.
Marília de Dirceu: subsídios para a interpretação das modinhas atribuídas a Marcos Portugal, do professor Fabiano Cardoso de Oliveira

Raquel: Tenho um carinho especial pelo livro Marília de Dirceu: subsídios para a interpretação das modinhas atribuídas a Marcos Portugal, por ser o primeiro projeto em que trabalhei na Editora, estando presente desde a fase de propostas de capa até poder vê-lo impresso nas minhas mãos meses depois.

Samara: O projeto da coleção Multiáreas. A ideia de projetar não só um, mas uma coleção de livros, com elementos variados, mas que se interligam através de uma unidade, dá até uma sensação de paz no coração, é como usufruir de um paraíso estético.

Coleção Multiáreas.

Qual o papel da Editora UEA no desenvolvimento profissional de vocês?

Ana Carolina: Desenvolvimento profissional e pessoal. Não só posso ver mais e mais desse mundo que tanto sonhei, mas também conhecer pessoas legais e que alegram minha tarde.

Clarice: Desde que entrei eu aprendi muita coisa, não só com relação ao design, mas sobre trabalho em equipe e formas de facilitar o meu trabalho e o dos demais membros. Eu sei que a gente precisa evitar errar, para que o fluxo do trabalho seja contínuo, mas aqui eu me sinto segura em errar pois tenho confiança de que existem outras pessoas que vão tomar meu erro como um aprendizado e não como algo a ser condenado durante toda minha estadia.

Raquel: Quando entrei na Editora UEA, conhecia apenas algumas ferramentas de programas como Photoshop, Illustrator e quase nada do InDesign, e, olhando para trás, percebi o quanto consegui crescer como profissional por meio do apoio da equipe da Editora. Aqui, minhas opiniões foram escutadas e recebi feedbacks que só me fizeram evoluir, por isso sempre serei grata pelos conhecimentos que agreguei durante esse percurso.

Samara: GIGANTE! A Editora foi importantíssima no meu crescimento tanto profissional quanto acadêmico, a troca com as pessoas que aqui trabalham, as habilidades que precisei e ainda preciso conhecer diariamente, não tem como ficar quieta, sabe? E esse pequeno caos no meio da calmaria do design é reconfortante.

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